Não posso dizer que conheço o trabalho de Edu Lobo profundamente. Na verdade foi isso que me fez ouvir mais seus discos e um deles realmente me comoveu. Ouvi repetidas vezes o álbum “Limites das Águas”, lançado em 1976. Apesar de gostar do disco todo, Negro, Negro, Considerando e Cinco Crianças, letras de parceira de Lobo com Cacaso, Capinan e Gianfrancesco Garnieri, respectivamente, foram as que mais gostei.
Negro, Negro
Quando o negro, negro de seus olhos
Se espalhar na natureza
Nem aves de arribação
Habitarão a tristeza
Quando o negro, negro de seus olhos
Se espalhar na natureza
Nem aves de arribação
Habitarão
Considerando
Considerando os meus erros
E pequenos acertos
Eu me achei no direito
De, ao menos, pedir
Um alívio pro meu peito
Menos peso pro meu dia
Na carência dos meus beijos
Maldito bem da poesia
Cinco Crianças
Cinco crianças sem dono
Querendo enxergar na escuridão
Eá, eô !
Cinco com medo de tudo
No meio do mundo irmão com irmão
Eá, eô !
Discaço mesmo, tenho ouvido direto.
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